Resenha - A Seleção4: A Herdeira
A Herdeira
Autor (a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Gênero: Literatura Estrangeira/ Infanto-Juvenil/ Romance/ Drama/
Páginas: 390
Sinopse: Skoob
A série "Seleção" retornou bem diferente comparado aos anteriores, ainda que, tentou manter alguns dos atributos mais carismáticas da história, como: a beleza única da capa, o "jeitinho Kiera Cass" de descrever os momentos, sem contar, a chance de rever personagens queridos, e também conhecer outros, bem como reviver outra seleção por um ângulo totalmente diferente, afinal, não lemos a história pelo olhar dos selecionados, e sim pela Princesa que "procura" o cara certo no meio de um Reality Show com 35 homens a espera de um casamento real.
"Sempre pensara que não poderia viver uma vida para os outros, que o amor não passava de uma algema. Talvez fosse mesmo, a verdade é que eu precisava dessa algema".
A Herdeira trouxe um enredo mais preocupado com a ascensão política e a preparação de Eadlyn para o trono do que o romance em si, no entanto, isso não impede que partes cômicas e amorosas apareçam com certa frequência, ainda por cima, por ter um enredo independente não é necessário ler os volumes anteriores (Seleção, Elite, Escolha), o máximo que pode acontecer é a demora a entender certas coisas que nos outros volumes ficaram muito mais que claro, como: a questão das castas, ou até mesmo as explicações de como se deu, e como se formou "Illéa".
É complicado perceber que Maxon e America não são as estrelas da narrativa, e sim meros participantes, mesmo assim, suas entradas na história consegue despertar certo brilho; Maxon mostrando que é um rei incrível e tentando fazer sempre o melhor, e America que finalmente pareceu aprender a se portar como uma rainha. Ver um pouco até onde eles chegaram, nos faz lembrar “como” eles chegaram até ali, ou seja, dá uma nostalgia. Também enxergamos um pouco da vida de Marlee, Aspen, Lucy, May, e mesmo que seja pouco é interessante saber o que eles estão fazendo.
"– Dois deles perguntaram da forma mais cautelosa e direta possível se existia alguma chance de você preferir garotas".
O livro faz questão de explicar o motivo de Eadlyn ser “A” rainha, mesmo que tenha irmãos, esse esclarecimento é mais que necessário, já que os leitores que acompanharam a saga sabem muito bem que as princesas serviam apenas para fazer alianças com outros reinos. Isto obviamente muda em “A Herdeira”, e não é spoiler nenhum saber que somente por Eadlyn ter nascido 7 minutos antes do seu irmão gêmeo, Ahren, é que esse direito ao trono é possível. Maxon e America, os reis e também pais da princesa, decidiram seguir rumo ao direito de primogenitura, e não ao preconceito de que apenas um homem saberia comandar um país.
"– Você ainda não é rainha, Eadlyn. Baixe um pouco a bola".
Com todas 390 páginas do livro mantive certa relação de amor e ódio, enfim, a leitura em vários momentos é arrastada, e tanbém a existência de erros que não deveriam acontecer, fora, a construção da protagonista que tanto me faz admira-lá quanto sentir antipatia, o que eu quero dizer é que Eadlyn Schreave carrega uma prepotência que afasta as pessoas dela, contudo, várias de suas atitudes provam que ela tem a vontade de fazer o melhor para o seu povo, e ninguém é obrigada a saber como reagir a 35 homens na sua casa, nós entendemos isso na pele, afinal o enredo é narrado em 1º pessoa por ela. O que sem dúvidas achei chato foi a ênfase que certos selecionados tiveram, enquanto outros parecem invisíveis, mesmo assim, o que não estar em falta é candidatos para roubar o coração de Eadlyn, e o nosso.
"— Não ligo para uma boa briga desde que no final você ainda tenha consciência do quanto eu amo você."
Não tem como negar que o volume é eletrizante, ainda mais nas últimas páginas que deixam qualquer um maluco pelo próximo, e acredite a espera é bem difícil.

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