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Resenha - Caixa de Pássaros


Caixa de Pássaros

Autor (a): Josh Malerman

Editora: Intrínseca

Gênero: Literatura Estrangeira/ Drama/ Suspense/ Terror

Páginas: 272

Sinopse: Skoob

Caixa de Pássaros é um enredo que ante todos os lançamentos merece ser rotulado como magnífico. A originalidade da história, a essência marcante dos personagens, bem como, o dom de Josh Malerman em fazer até as descrições de um mausoléu interessante é o que me motivou a acabar as 272 páginas em apenas um dia e provavelmente vai acontecer o mesmo com você se decidir ler esse livro.


O suspense e o terror psicológico são algo que acompanha literalmente todos os capítulos. E, a consciência que esse thriller não é uma saga ou muito menos uma trilogia e sim um volume único resulta em uma atenção extra por parte do leitor em inúmeros momentos.


“Um dia, você sentirá a mesma dor da qual a sua mãe e todas as mães falam: o parto. Apenas a mulher pode senti-la e, por isso, todas as mulheres têm um vínculo”.

É preciso entender que a essência do livro se resume a como do nada as pessoas começaram a se suicidar depois de ver algo, e o único modo de se salvar é cobrindo os olhos. Desde os primeiros capítulos o leitor pensa em teorias, e de forma implícita o autor nos estimula a se questionar, afinal, que criatura teria tal poder de levar alguém a loucura a ponto de se matar apenas ao vê-lo.


Quando os personagens cobrem os olhos para o mundo, eles também cobrem nossos olhos, ou seja, os olhos do leitor que está vidrado no enredo, e assim as únicas maneiras de “enxergar” o que sobrou do mundo são pelas noções olfativas e auditivas.


“Como pode esperar que seus filhos sonhem em chegar nas estrelas se não podem erguer a cabeça e olhar para elas?”

Josh M. brinca com o tempo alternando os capítulos entre o passado de Malorie, a maneira como ela enxergou essa calamidade se espalhando ao ponto de se refugiar em uma casa de estranhos, até o seu presente onde somos mergulhadas em seus desejos, anseios e perda. Vemos como ela tenta sobreviver a esse novo mundo com seus dois pequenos filhos. Um planeta que proibia qualquer pessoa que quisesse se manter viva de apreciar o céu pela janela. Como o presente é jogado em nossas caras quando lemos os acontecimentos passados temos a noção de algumas coisas que mesmo não sendo muitas nos norteiam, por exemplo, para aqueles que vão morrer ou sobreviver.


“A sensação se ter algo dentro de seu corpo que precisa sair é a mais incrível e a mais assustadora que já teve”.

Até mesmo nos confins de "Caixa de Pássaros" a pergunta que é tão esperada parece ser respondida é deixada de lado e esta descoberta fica por conta do leitor que se divide entre a frustração e o encantamento não só por essa inesperada “réplica” como também por todas aquelas reviravoltas que acontecem em menos de cinco capítulos para acabar a história, mais também, por conta das dúvidas que começam a ser respondidas.


“Essas pessoas, pensa, o tipo de gente que responderia a um anúncio como aquele no jornal. Essas pessoas são sobreviventes”.

É uma pena compreender que a obra é um volume único até por que o que não falta são possíveis histórias atraentes para serem contadas. As 272 páginas deixam qualquer um sedento por mais.

 

Sou o tipo de leitora que se apaixona pela história, pelo personagem, pelo lugar, pelo momento, ou simplesmente o ato de lê-lo. É como se eu me apaixonasse por alguém.

Literatura Brasileira
Clássicos
Terror

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