Resenha: Os Bridgertons8 - A Caminho do Altar

Os Bridgertons8: A Caminho do Altar
Autor (a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance / Drama
Páginas: 320
Sinopse: Skoob
A coleção é constituída de enredos independentes, entretanto, é impossível não se entregar a curiosidade e acabar lendo todos os 8 livros que narram as histórias de Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Hyracinth e por agora Gregory. Dessa vez é definitivo as aventuras amorosas dos Bridgertons chegaram ao fim. Os romances históricos dessa saga funcionam mais com a essência de demonstrar o modo que um Bridgerton encontra/enxergar o amor e suas mil e uma maneiras de mantê-lo ou demonstrá-lo para quem teve a sorte de ser o sopro de luz para um dos 8 filhos(as) de Violet Bridgerton.
“– Amo-a – disse. Porque se continuasse dizendo, possivelmente seria suficiente. Possivelmente as palavras encheriam o quarto, rodeariam-na e serpenteariam debaixo de sua pele. Possivelmente compreenderia que finalmente havia certas coisas a que não podia negar-se".
Desde o primeiro livro a saga vem se desenvolvendo, nem sempre agradando majoritariamente os leitores, porém sempre tentando trazer algo inédito para o volume da vez. E foi justamente o que ocorreu com "A Caminho do Altar", o conto trouxe um amor mais lento para o seu desabrochar, entretanto possuindo uma paixão com um ardor incontrolável e excitante não deixando em nenhum momento de ter sua suavidade característica.
Ainda que a sinopse expusesse uma trama nem um pouco inovadora, afinal, um homem que se deixa enganar pelas suas emoções não é um ponto de partido tão incomum no mundo literário.
“- Jurei com todo meu coração protegê-la - disse ele, sua voz era apaixonada e feroz, e possivelmente um pouco reveladora. Porque compreendeu que hoje, era o dia no qual se convertera em um verdadeiro homem. Depois de vinte e seis anos de uma existência amigável, e, sim, sem objetivo, tinha encontrado finalmente seu propósito. Finalmente sabia para que tinha nascido.”
A linguagem direita e engraçada do enredo faz que as páginas passem rápido deixando ainda sim o leitor ou leitora saborear os encontros entre Lady Lucy e Gregory. Não é só os protagonistas que fazem o livro render, ao decorrer dos capítulos é natural perceber como os secundários fazem a trama girar. E nessas indas e vindas é fácil supor que Julia Quin parece tem uma queda pela saga mundialmente famosa "Harry Potter", pois as referências ('Hermione' e 'Neville') estão distribuídas pelas páginas para qualquer ver.
"Nunca poderia ama outra mulher de novo. Não depois disto. Não enquanto Lucy caminhasse na mesma terra. Não poderia haver ninguém mais".
O que motiva todas as 247 páginas de história é a determinação de Gregory em achar o amor sentimento ao qual ele precisa sentir com todas as forças. A sinopse dá a entender que mesmo que o nosso protagonista corra atrás de Hermione não é ela que irá fazê-lo sentir a audácia do amor, e sim Lady Lucinda. A narrativa consegue transformar as comparações entre Hermione e Lucy em descrições descentes e não em lamúrias exaustivas de se ler. Isso não impede que a trama canse.
“ –Não faça nada idiota - disse em voz suave. – Nada idiota - lhe prometeu Gregory – . Só o necessário.”
Não a muito o que criticar sobre A Caminho Para o Altar, ainda que as partes entediantes cobrem a nota de qualidade do livro. Ou seja, não é perfeito, contudo, agrada aqueles que gostam de um bom romance de época sem muito estresse e sem muitas surpresas.
