Resenha - O Clube Dos Canalhas1: Entre o Amor e a Vingança

Entre o Amor e a Vingança
Autor (a): Sarah MacLean
Editora: Gutenberg
Gênero: Literatura Estrangeira / Drama/ Romance
Páginas: 304
Sinopse: Skoob
Romances históricos pareceu se torna o meu novo gênero literário favorito, afinal não consegue passar uma temporada sem me deliciar com uma aventura amorosa nas estruturas que só um conto de época pode providenciar. Então, “Entre O Amor & A Vingança” é o 1º livro da série “O Clube Dos Canalhas” – diferente da saga “Os Canalhas”. O volume pertence uma saga que não obriga o leitor a seguir a ordem proposta da série ou ler todos os livros para entender o que se passa nas histórias.
“As suas gloriosas e insuportavelmente irritantes imperfeições”
Os capítulos são bons de modo a incitar o leitor a sempre tentar ler mais uma página, um capítulo ou até mesmo acabar o livro em um dia apenas como no meu caso. O casal protagonista da mesma forma que consegue prender a atenção pela originalidade também traz consigo uma sensação de “eu já vi isso” e de maneira alguma você classifica isso como um defeito, pois do meu ponto de vista isto funcionou mais como uma qualidade.
“Não consegui ir embora. Eu não seria seu anjo caído. Eu o seguiria até o inferno... mas apenas para trazê-lo de volta”
É interessante vê como algo pode evoluir como aconteceu em “Entre O Amor & A Vingança”, uma vez que no primeiro momento Lady Penélope Marbury, a protagonista, me pareceu enfadonha com a repetição da palavra “mais” para definir o que faltava na vida dela, Michel Bourne, o protagonista, um tolo a procura de vingança e nada mais que valesse nota, entretanto antes que me firmasse nesse pensamento o próprio conto me surpreendeu, ou seja, agora Penélope me parece gloriosa e Michel um perfeito defeito.
“As mulheres são as guardiãs da sociedade. Na verdade, você precisa delas.”
Sarah Maclean conseguiu escrever um bom ponto de partida se baseando na construção de uma identidade para os personagens não delimitando apenas os protagonistas, e sim também os secundários, ou seja, você acaba o livro sabendo apontar atributos a inúmeras pessoas da história sem parecer algo forçado.
Algo sutilmente diferente no livro é a carência de Penélope e Michel em bailes, teatros, coquetéis, enfim, festas deste tipo marcaram aquela época como esplendorosa. Esses momentos, no entanto, parecem ter sido substituídos pelo cenário de um cassino.
“A pior parte é que, se eu não mandá-la de volta, vou querer mantê-la aqui.”
O drama mesmo em 304 páginas se passa rapidamente sem realmente se alongar em momentos desnecessários o que é uma qualidade em ausência entre vários escritores. Portanto, é fácil recomendar este livro sem nenhum peso na consciência e ir correndo procurar pelo próximo volume “Entre a Culpa e o Desejo”.
